
«Somos como uma criança pequena que entra numa grande biblioteca cujas paredes estão cobertas até ao tecto de livros em muitas línguas diferentes que não compreende. Repara que existe um plano misterioso na organização dos livros de que ela… apenas debilmente suspeita.» (Einstein)
Todos sabemos que o mundo é algo enorme, grande demais para se conseguir fechar nalgum lado para ser conservado. Seria giro, sim, depositá-lo, juntamente com toda a sua História e Substância, num frigorífico enorme e, quando tivéssemos vontade de recuperar qualquer bocadinho, era só tirá-lo e pô-lo no micro-ondas a descongelar.
Contudo, apesar da complexidade do mundo e da incapacidade de o transportar, tal Pokémons em Pokebolas, é possível descobri-lo e aventurarmo-nos nele. A chave para ter o mundo "na mão", literalmente, é, então, deixarmo-nos envolver por estas estranhas geringonças que suportam esta biblioteca: as palavras. Deliciosas, traiçoeiras, dolorosas, traquinas... cada uma contando uma história, se a deixarmos.
Deste modo, se queremos viajar pelo mundo, sem mala às costas, mapa na mão, binóculos nem máquina ao pescoço, o melhor local é a biblioteca. No entanto, neste nosso blog, não queremos ser os únicos (nem somente os) escritores - apesar de antes passarmos bem por bibliotecários atraentes! -, mas queremos que cada um tenha uma oportunidade como cicerone, turista, escritor e anfitrião.
E não se preocupem com burocracias: somos limitados nesse aspecto (apesar de ser uma palavra muito bela que deriva do grego e, numa fase posterior, do francês).
Portanto, Cartão de Biblioteca? Não será preciso.